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Os espectros de Hegel: para uma introdução não canônica ao texto hegeliano

Ministrado pelo Prof. Dr. Douglas Rodrigues Barros

Lattes:http://lattes.cnpq.br/3096579555934934

INFORMAÇÕES BÁSICAS:

  • Aulas segunda semana de dezembro – das 19h30 às 22h00 

  • 5 encontros. De 13 à 17 de dezembro de 2021

  • Carga horária total: 12h.

  • Valor 289,90 

 

Ementa

Para a imensa maioria dos comentadores, em pouco mais de duzentos anos de hegelianismo, Hegel, curiosamente, assim como Platão, sofreu de uma suposta dissociação radical entre a objetividade e a subjetividade, entre a concretude das relações e a das ideias. Tornou-se, nas diversas recepções que se fizeram ao redor do mundo, um idealista empedernido que concebia a realidade como um produto do Espírito ou como um acúmulo da quantidade que permitiria o salto qualitativo. Além de glorificar o Estado prussiano como perfeito trabalho de Deus e finalidade da história humana, seria aquele que abriu passagem para o totalitarismo. Nos pedregosos caminhos da recepção de sua obra, foi o cachorro-morto favorito – como o chamava com carinho Lenin e, do outro lado do espectro político, Popper – a ser chutado por gregos e troianos. Filósofo do sistêmico, grande parte de sua teoria foi lida como uma ideia de progresso teleológico, algo do qual ele próprio foi o mais ardoroso crítico.

Demorou muito tempo para que uma nova e vigorosa abordagem do pensamento de Hegel pudesse nascer. Na verdade, ela surge paralelamente ao colapso da noção de progresso moderno. É justamente quando uma noção de teleologia – que nos levaria para o reino celeste da falta de contradição e de alienação – verte-se no seu contrário, que o pensamento de Hegel deixa de ser uma escora de diversos filósofos e passa a ser analisado a partir de si próprio. O presente curso visa apresentar uma leitura de Hegel que faça coro com essa abordagem e retire do horizonte interpretativo do leitor os lugares comuns estabelecidos pela tradição do hegelianismo.

O objetivo central é promover uma leitura que ponha em xeque as noções de tese, antítese e síntese, de salto qualitativo conjunto com um horizonte finalista e fechado na obra de Hegel. Acompanhados de críticos e críticas, "nossos Virgílios", como Catherine Malabou, Alenka Zupancic, Rebecca Comway, Alain Badiou, Slavoj Zizek, Terry Pinkard, Vladimir Safatle, Frank Ruda, Gerard Lebrun, Ruy Fausto, Silvio Rosa e Paulo Arantes, iremos nos debruçar sobre a abertura promovida pelo pensamento hegeliano no qual, vale repetir, o “fim é só o começo.”  

Enfim, essa introdução ao pensamento de Hegel tem como finalidade refletir sobre sua recepção e o modo como uma nova leitura de sua obra é determinante para fornecer arsenal crítico que permita pensar questões urgentes, tais como: identidade, diferença, Outro, não-idêntico, política, Estado, etc.,  mais do que um exercício supostamente ocioso de exegese, o curso faz uma apresentação de conceitos chaves porque parece-nos – essa é a aposta – que a obra de Hegel continua sendo um manancial para pensar as relações atuais. Não somos ingênuos para apostar numa leitura definitiva de Hegel, mas também não devemos ceder à tentação da repetição acrítica de lugares comuns. Esse é o objetivo: fornecer ao leitor elementos para uma abordagem não unidimensional de sua obra.

 

AULA 1 – A experiência como matriz prática do pensamento

- Da ahistoricidade à violência da história
- O trabalho como mediação

- A desgraçada história como finalidade do tempo

 

AULA 2 – O estúpido espírito

- A reconciliação como compreensão da negatividade

- O universal como mediação da unilateralidade

- A descoberta da limitação do saber

 

AULA 3 – A finitude infinita
- O grau zero sempre buscado

- A qualidade reside na oposição e não no acúmulo

- Para além das antinomias

 

AULA 4 – Estado do entendimento ou sociedade burguesa
- A tensão entre Estado e sociedade civil como constitutiva

- Destruição criativa permanente

- A populaça (Pöbel) como verdade do Estado e da Sociedade Civil

 

AULA 5 – Aufhebung sem redenção

- Não há finais felizes

- A suprassunção aberta

- Totalidade em devir

- O sentido de formação

- Plasticidade e devir do conceito

- Uma dialética sem método

AS AULAS SERÃO MINISTRADAS ONLINE ATRAVÉS DO GOOGLEMEET

Certificado será disponível aqueles que cumprirem 70% da carga horária

TURMAS ABERTAS

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